5 de out. de 2011

Museu da Língua Portuguesa


Turismo acessível


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Maria Silva e sua amiga Graças Santos, moradoras de Ferraz de Vasconcelos, município de São Paulo, ficaram encantadas com o acervo do Museu da Língua Portuguesa. Elas não estiveram na sede da instituição nem passaram perto do local. Como elas conheceram o museu? A resposta está no Dengo: um museu para todos – uma ação que visa a ampliar o acesso ao acervo, superando barreiras físicas. A idéia é levar o museu para as pessoas que, por alguma razão, estão impedidas de visitá-lo.
Maria é paciente do Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, e por estar em tratamento oncológico vai duas vezes por semana ao hospital. Lá, ela conheceu o programa. “Nunca pensei em ir a um museu. Agora, quero ir a vários e conhecer mais de perto o que o Museu da Língua Portuguesa possui”, diz a garota de 18 anos. A amiga Graças também aprendeu a viajar pelo mundo do idioma. “Acompanho a Maria nas sessões de quimioterapia. Sou analfabeta mas mesmo assim estou aprendendo bastante”, diz curiosa ao olhar o notebook que está nas mãos de Maira Moraes Coelho, uma das educadoras do Museu.
“Trata-se, na realidade, de mais uma ação educativa, cultural e social da instituição que, desde sua inauguração, procura facilitar o acesso a seus ricos conteúdos a um número cada vez maior de cidadãos”, diz Marina Sartori de Toledo, coordenadora do Educativo do Museu da Língua Portuguesa.
O Museu da Língua Portuguesa, ligado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, sempre adotou uma política de ampliar o acesso da população às suas instalações e a seu acervo (horário expandido de visitação sempre na última terça-feira de cada mês,entrada gratuita aos sábados e para entidades culturais e assistenciais que trabalham com setores da população em situação de risco social). “Por isso, o Projeto Dengo é tão importante, pois “leva” o museu a um público que está impossibilitado temporária ou permanentemente de se locomover”, salienta Marina.
Uma ideia brilhante – Fernanda Santos e Jason Miranda Santana são educadores no Museu da Língua Portuguesa. Em uma conversa informal, eles começaram a pensar em levar o acervo do museu (um patrimônio imaterial) a pessoas que não podiam ir até a instituição: desde presídios a hospitais.
“Falamos com a Marina (coordenadora do Educativo) e com o Sartini (diretor do Museu da Língua Portuguesa). Eles adoraram a ideia e começamos a trabalhar com o pessoal do TI que desenvolveram uma plataforma adaptada ao computador com uma parte do acervo do museu”, explica Jason.
O Museu firmou parceria em setembro de 2010 com o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac). “É um primeiro passo que consubstancia a ideia de um museu itinerante, por permitir que crianças e adolescentes em tratamento de câncer interajam, experimentem e brinquem com o conteúdo do museu. Este projeto inovador, que propicia a visita de educadores do museu a distintas instituições, também pretende ampliar a discussão em torno da possibilidade de ação social dos museus,” diz Marina.
Postado por GH às 12:05 0 comentários
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Marcadores: Turismo acessível
Importantes monumentos Portugueses estão em falta com a acessibilidade


(by Ricardo Shimosakai )


Nascido na Índia há 19 anos, Ram Bindu vive em Portugal há seis anos. Sofre de poliomielite, doença do sistema nervoso causada por um vírus que pode provocar paralisia permanente, sobretudo em crianças. Ram desloca-se com apoio de muletas canadenses ou cadeira de rodas, e conseguiu tirar a carta de motorista.
Recorda uma viagem de estudo em que teve de ser transportado pelos colegas para assistir a uma peça de teatro no Mosteiro dos Jerônimos, pois o acesso à sala era feito através de uma longa escadaria. Relembra também a vez em que teve de ficar à porta da Torre de Belém, pois a sua cadeira de rodas não conseguia ultrapassar a única via de acesso ao monumento - as escadas.
De acordo com o Instituto de Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico, estão previstas para este ano obras de melhoramento das condições de acesso ao Mosteiro dos Jerônimos e Torre de Belém. No primeiro caso, está prevista a implantação de um núcleo de acessos verticais, que possibilita o acesso dos visitantes com mobilidade condicionada a todas as áreas no circuito de visita. Na Torre de Belém, vão ser construídos uma rampa junto ao muro do lado nascente e um novo passadiço.
Atualmente, o Mosteiro dos Jerônimos informa que possui acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida na Igreja e Claustro Inferior e percurso tátil para cegos. A Torre de Belém possui acessibilidade parcial (baluarte) para pessoas com mobilidade reduzida.
(Fonte: Correio da Manhã)