
Há, então, apenas assistência. E segue-se sem que os principais interessados no assunto tomem, de fato, as rédeas de políticas públicas que lhes favoreçam (o verdadeiro empoderamento). É desse ciclo de assistencialismo que precisam sair essas pessoas, entende Ozores, que defende ampla e irrestrita mobilização nos âmbitos da sociedade civil e governamental. Atuando há tempos nessas duas frentes, tendo sido candidato a vereador nas últimas eleções municipais, ele comenta essa tênue relação entre auxílio e transformação.
Em 1975, largou tudo para ingressar no Exército Brasileiro, quando, em treinamento, sofreu acidente que o deixou tetraplégico, mantendo- o em vida hospitalar por três anos. Em 1978, entre internações e cirurgias, iniciou um movimento pela cidadania das pessoas com deficiência, o Integração, engrossando o caldo de ações que ganharam força quando do lançamento, em 1981, do Ano Internacional das Pessoas Deficientes pela ONU.
Nessa época mudou-se para o Alto da Boa Vista, no bairro também paulistano de Santo Amaro, região onde atua politicamente, por meio do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Cultura de Paz (Cades). Também integra as organizações Vez da Voz e Rede Atitude. Sobre seu trabalho nessas instituições e seus pontos de vista ele fala com exclusividade à